19 de setembro de 2011

Suicide Note, Pt I & II

Covardia e desespero. Desespero e vergonha. Vergonha e ódio. Ódio e lágrimas. As pílulas que matam e levam a dor embora. Vazio eterno. Eu quero um corpo perfeito, eu quero uma alma perfeita. A dor me leva a cometer erros absurdos, tais como sair da escola chorando porque fiquei chateada com algo. Chorar dói. Eu não tenho problemas comuns. Eu não sou comum. Eu queria ser uma cocotinha feliz que desce até o chão todo fim de semana, bebe pra passar vergonha e pega qualquer um que vê pela frente. Bom, eu seria feliz. Isso me desgasta, isso me desgasta. Crio expectativas pra coisas impossíveis. Imaginar que isso pode se realizar só faz a merda toda ficar pior e pior. E eu pioro por dentro e por fora. Desejar coisas impossíveis. Cair num poço sem fundo sem ter nenhuma chance de sair. Tudo que eu desejo... Está muito longe. Foi a esperança que nós temos passado que me encheu de esperança. Sem alarmes e sem surpresas. Nada de novo. Só as decepções de sempre e assim se segue a vida. Feridas que não vão cicatrizar. Eu só quero que perceba. Não quero que ligue. Mas me dê algum sinal. Uma esperança. Por favor. Eu preciso disso pra respirar, eu preciso disso. Preciso disso pra conseguir dormir bem e ter um sorriso estampado no rosto só por um dia. Porque não olha pra mim agora? O que foi que eu fiz? Se eu pudesse ser quem você desejava, talvez tudo fosse melhor. Talvez se eu fosse tudo o que todo mundo quer, todos estariam satisfeitos e ninguém se preocuparia com as minhas birras e minhas lágrimas sem sentido. Seria bom para as duas partes. Eu estaria feliz e faria os outros felizes.
E essas cicatrizes? Cicatrizes de quem não sofre de verdade? De quem não sabe o que é dor, nem dor física? É vergonhoso não ir bem em nada. É vergonhoso tentar e ter pessoas ao seu redor dizendo que tudo isso é falta de surra e falta de luta. cansada. Não aborreça a sua família Vitória, aguente todos te olhando com desdém. Estampe um sorriso na cara e seja tão falsa quanto eles porque é assim que funciona. Estou preparando meu túmulo. Já está bem fundo, aliás. O que passou, passou. Então porque chorar? Eu sei porquê. Choro porque sei que não importa o quanto eu fantasia, o que eu quero nunca vai acontecer. "Ah mas você nem tentou". Já sim, não adianta. Preciso nascer de novo. Irei solucionar o problema, não fazendo nada. Eu só queria ajudar, me sentir útil e fazer as pessoas felizes, de certa forma. Só trago problema à todas elas.
E odeio todas elas. E as amo. Com a mesma intensidade.

ps: usei algumas frases de músicas nesse texto:
Pantera - Suicide Note Pt. I & Pt. II.
Radiohead - Creep, Fake Plastic Trees, No surprises.
The Cure - To Wish Impossible Things.

13 de setembro de 2011

The Speed of Pain

Olá meus 3 (ou menos) leitores desse blog. A tempos não posto nada porque... Porque eu não quis. E porque eu sempre planejava colocar algo aqui, perdia a minha linha de raciocínio e não escrevia nada. Ou deixava nos rascunhos. Ou simplesmente eu tinha uma ideia que julgava estúpida, abria o blog e não colocava nada.
Mas agora é diferente.
Toda idéia que eu julgar estúpida vou colocar aqui do mesmo jeito.nt>
Por que? Porque eu quero. Publico pra todo mundo ler mesmo, então bls.
Começo pedindo desculpas a todos que magoei, não é de propósito. Acreditem, faço isso por acidente.
Pros que não me conhecem: eu não sou possessiva, eu não sou controladora, não sou arrogante. Aliás, tô MUITO longe disso tudo. Sou tímida e estúpida e vazia. Só queria que soubessem disso. E que eu não tenho nada pra oferecer. Nem beleza, inteligência, nada.
Você sabe que alguma coisa tá errada quando começa a fazer merda com o próprio corpo. Não vou falar porque vão me acusar de mimimi crônico. Mas com certeza vão saber do que se trata.
Quando se começa a escrever palavras ou até frases. E todo mundo e vê e pergunta que merda é essa. Aí você começa a escrever em lugares que ninguém pode ver.
Sensação de alívio.
Há quem ache que é falta de surra.
Há que sinta a dor, tanto das palavras, como no corpo.
E quer saber? As palavras e atos são bem mais doloridos. A cicatriz desaparece e a gente esquece que aquilo doeu. Mas quando as lembranças chegam na minha mente, dói. As boas doem mais que as ruins. Fico aflita. Fiz planos, imaginei coisas... Pra nada. Agora tudo que fica na minha cabeça me faz chorar.
Mas ninguém se importa, e nem deve. Tudo que acontece comigo é consequência de alguma coisa que eu fiz/faço. Tenho que aprender a lidar com isso. Aceitar que 90% das coisas que eu falo/faço não são comuns. Não é um problema comum. Não consigo resolver esse problema.
Procuro ajuda. Acho, não resolve.
Não consigo fazer as coisas por mim mesma. Cansei de me esforçar. Agora tanto faz, é só curtir a fossa.
Me desculpem.