18 de junho de 2011

Cá estou eu, neste quarto silencioso, com essa blusa molhada de... lágrimas. As lágrimas que parecem não acabar. Este quarto que me abriga sempre que eu preciso, este quarto que me vê sangrar a todo instante e não pode fazer nada a não ser observar. Este quarto gelado, com um poster do The Cure atrás da porta, com uma TV antiga, com uma bagunça infernal. Ah, e este vento que me deprime na hora de ir pra escola, mas me deixa feliz na hora de ir dormir.
Depressão, oh, depressão, quando vai acabar? Meus braços não aguentam mais maus-tratos, meus olhos estão sempre inchados e eu nunca fico completamente feliz.
Protejo as pessoas que amo, mas as machuco. Sempre quero ajudar, mas nunca sei como. Palavras me cortam a alma e me afastam de quem eu costumava gostar.
Me isolo cada vez mais do mundo, não pertenço a ele, meu lugar não é aqui.
Aos poucos, e de forma dolorosa, eu vou acabando com a minha mente, meu corpo e afastando as pessoas de mim.