13 de outubro de 2014

Teenage (?) angst

O ano tá acabando e algumas tem que ficar em 2014. Eu não consegui me desapegar de certas pessoas ainda e to sentindo uma angústia imensa só de pensar que talvez eu nunca ache pessoas como as que eu perdi. E nem saber o motivo do afastamento eu sei.
Na teoria, as coisas deveriam estar bem. Pela primeira vez em anos de ensino médio/fundamental, eu não vou precisar me matar de estudar pro último bimestre porque (aleluia) preciso de poucos pontos pra passar. MASSS não é bem assim. Nunca fico satisfeita com as coisas, o que me conforta é que não sou só eu.
Eu queria escrever mais coisas mas minha cabeça não tá funcionando muito bem. Só queria fazer um resumo geral do que tá acontecendo agora e até agora só saiu isso.

24 de abril de 2014

Eu gosto do meu quarto. Adoro ver meus cds e dvds organizados na prateleira (embora nem sempre estejam organizados). Gosto de ter só dois bichos de pelúcia sempre à minha vista no quarto: meu tigre de estimação e meu cachorrinho de pelúcia. Adoro meu pôster do Skid Row, velho as fuck, com o Sebastian Bach exibindo o corpinho esbelto. Adoro a mesa que, antigamente, pertencia ao meu pai e se tornou meio inútil, então veio pro meu quarto. Gosto de como eu e minha mãe o a "decoramos": grudamos um papel vermelho e ficou maravilhoso. Adoro como minha tv está posicionada agora, apesar de ter sido uma briga imensa entre meus pais por causa dessa maldita tv e onde ela ficaria, já que meu quarto não é tão enorme assim. Mas ás vezes meu pai tem umas idéias boas. Ás vezes. Até que eu gostei dessa apesar dele comprar uma cômoda velha pra colocar a tv. Mas ok, eu não me importo muito com isso e nem deveria.
Olho o meu guarda-roupa, gosto de experimentar as roupas que eu não tenho coragem de usar lá fora, mas que gosto quando estão em mim. Mas não pra sair.  Gosto de organizar meus perfumes e cremes em ordem de tamanho, gosto de pintar caixas velhas pra colocar meus esmaltes ou minhas maquiagens. Gosto de pintar caixas mesmo que elas não tenham utilidade nenhuma. Gosto de pintar. Gosto de mexer com tinta, pincel, me sujar até ter tinta atrás da orelha. Gosto de passar horas pintando minhas unhas. Gosto de contar dinheiro, mesmo que sejam só moedas de 5 centavos. Gosto de desenhar e tenho preferência por um papel sempre mais resistente pois sei que vou ficar apagando milhares de vezes. Gosto de comprar coisas que eu nunca ou raramente uso, como um grampo de caveirinha e um outro de laço. Não me sinto bem pra colocá-los no meu cabelo. Gosto dos cds gravados que me deram com músicas, gosto de guardar presentes de pessoas especiais em lugares especiais. Adoro minha cortina vermelha, menos a claridade que ela ainda proporciona. A outra mantinha meu quarto mais escuro mas era... Rosa. Gosto de ficar no escuro o dia todo, mesmo que eu quase morra de calor dentro desse quarto. Até gosto de dormir com essa cama parecendo um inferno, não consigo mas arrumá-la "pra dormir". Durmo com dois travesseiros, um fica do lado da parede, eu ainda não me decidi se tenho medo que alguma alma suba e cuspa na minha cara, só sei que me sinto muito incomodada se o travesseiro não estiver lá.
Meu quarto é o meu templo, meu refúgio. Eu posso escrever, eu posso ver meus filmes e minhas séries, eu posso ouvir música sem fone ou até mesmo ficar em silêncio. Posso fazer coisas das quais eu realmente goste e me sinta confortável.

1 de janeiro de 2014

Invisible




Por muito tempo, na minha inocência, pensei que fosse fazer parte da história de alguém. Pensei que poderia ser uma peça importante na vida de alguém, mas quanto mais as pessoas se vão, mas eu percebo o quanto eu não passo de um mero detalhe, um momento de de puro tédio na vida de qualquer um.
Recentemente fiz 18 anos, recentemente o ano acabou também. Mas precisamente ontem. Não sei, posso estar errada, who knows: esse foi o ano mais vago da minha vida. Poderia não ter existido de maneira nenhuma, foi desnecessário. Perdi todos que me cercavam. Eu faria qualquer coisa pra ter tudo de volta. Só queria que me avisassem em que ponto eu errei. Mas daí me veio a idéia: não estão com raiva de mim, nada do tipo. Só não querem mais saber. Eu estou sendo apagada da memória de todos numa velocidade incrível. Se ao menos raiva sentissem...
Tudo o que eu sentia se tornou puro ódio e tristeza. Eu poderia começar do zero. Um ano novo, uma idade nova, aberta à novas oportunidades, me aguarda. Queria dizer que estava pronta pra mudar, pra esquecer tudo. Queria dizer que iria me tornar uma pessoa melhor. Mas eu sei que isso não vai acontecer e que as coisas pro meu lado só vão ficar piores. Sinto fortes dores de cabeça e vontade nenhuma de dormir, mesmo exausta; não tenho sono mas estou constantemente cansada. Se pelo menos a insônia me ajudasse a produzir algo as coisas não estariam tão ruins como estão agora.
As pessoas se vão, e eu já não tenho mais força pra ir atrás de outras. Eu já não tenho mais força de retribuir o amor que é me dado, eu simplesmente não vejo mais. Um estado que se mantêm firme e forte há muito, muito tempo.
Aprendi a lidar com as minhas tristezas com agressividade. Ofendendo. Magoando.
E eu fico apagada a cada instante. Ninguém gosta de alguém que lide com seus problemas dessa forma. Ninguém quer esse tipo de pessoa perto de si. E quanto mais triste eu estou, mais agressiva eu me torno. Não no sentido literal de sair por aí batendo nos outros e derrubando mesas, e sim nas palavras e atos impensáveis. Já que não consigo fazer parte da história de ninguém, é melhor que eu afaste todos logo de uma vez, aí eu não preciso ficar me machucando toda vez que alguém vai embora, pois não vai ter ninguém pra ir embora. É melhor que eu não os tenha em mente, quando nunca fiquei por um dia só na mente deles. É uma economia de tempo, de sentimentos desnecessários. Eu me sentiria vazia, mas saberia que não fui só um detalhe na vida de alguém. Prefiro ser... nada.
Eu queria muitas coisas, mas a que eu quero mais é conseguir dormir em paz, sem acordar no meio da noite chorando por tudo. Eu deveria ser forte e encarar tudo isso. É o que todo mundo diz. Mas não é fácil percorrer esse caminho sozinha. Pode ser até que eu consiga, mas não vai ser hoje, não vai ser amanhã. Pode demorar muito mais do que eu imagino.
Eu não planejo nada; não planejo fazer amigos, não planejo erguer minha cabeça de uma vez. Estive com a cabeça baixa por muito tempo, ainda estou. Levantar assim de uma vez pode causar problemas até maiores que os de agora.
Já que não me deram um motivo pro desprezo, eu vou dar-lhes um motivo. Não me restou mais nada além desse meu "campo de força" chamado raiva e tristeza. Vou usar o que eu tenho ao meu favor. Querem um motivo pra me desprezar sempre? Eu lhes darei o motivo. Não sou mais o que eu queria ser mesmo. Não tô ganhando nada com isso, mas também não estou perdendo nada. Não é possível perder o que não se tem.

17 de novembro de 2013

Voltei

Depois de 1 ano e 2  meses olha só quem apareci.
Desde meu último post algumas coisas mudaram, BUT foi uma reviravolta tão doida que voltou na raíz do problema. Mas não é de todo ruim porque eu tô aprendendo a me conformar e me valorizar um pouco mais (não tem sido 100% efetivo, mas né, exigir uma mudança assim do nada é osso).
Nesse meio tempo eu: reprovei, mudei de escola, pintei as pontas do cabelo de roxo, pintei de castanho, comecei a namorar, terminei o namoro,  estou tentando cortar laços com pessoas que já cortaram laços comigo há muitíssimo tempo, cortei o cabelo, pintei de vermelho.
Por partes: reprovar. Óbvio que foi um choque, eu tava muito segura, tipo "naah, não podem me reprovar". Pois é. Reprovaram mesmo. Fiquei putíssima de vida, me arranhei, gritei, chorei até meu rosto ficar dormente. Mas era tarde e eu só tinha uma coisa a fazer: seguir em frente.
Resolvi mudar de escola. Por parte porque eu estava com vergonha; eu jamais iria continuar naquela escola reprovada. Eu não admitiria isso. E depois porque eu já tava de saco cheio, foi a escola que eu passei mais tempo (5 anos). 
A mudança foi bem complicada, na verdade. Passei um semestre sem falar com ninguém da minha sala. E sei lá, eu ainda não me acostumei com as pessoas de lá, eu não me sinto à vontade. A culpa não é deles, já que sempre me trataram muito bem. Eu só não consegui me conectar a eles, talvez eu esteja resistindo bastante em relação à isso: perdi meus amigos antigos e tô sempre tentando recuperá-los (e falhando sempre) e meio que... Não quero sair da "turma" e ir pra outra. Sei que é errado. Sei que é uma merda. Mas há coisas que eu não consigo evitar. Mas eu já estive bem pior uns meses atrás, mas agora me sinto bem melhor comparado ao que era antes. Tô deixando de ligar aos poucos.
Nesse tempo tive do meu lado uma pessoa que sempre me apoiou, tivemos um relacionamento mas bem, cirscunstâncias, talvez não fosse a hora certa. Bom, não deu certo, mas não me arrependo de nada. Estamos no final do ano, finalmente. 2013 foi um ano bem rápido, mas bem difícil. Nem o tempo corrido fez com que esse ano se tornasse mais fácil. De janeiro até uns 2 meses atrás eu achava que estava fazendo a coisa certa indo atrás de uma pessoa que aparentemente se tornara meu melhor amigo. Hoje não posso dizer que estava errada, eu simplesmente não sei, mesmo.
Tem muita coisa acontecendo mas já não me sinto tão ansiosa e desesperada pra resolver tudo. Eu carreguei nos meus ombros uma responsabilidade inútil. Ela ainda está aqui, na minha frente me atormentando. Mas eu simplesmente parei de carregá-la. Foi a melhor coisa que eu fiz.
Tô vendo minha vida por outra perspectiva depois de muito tempo. E não tenho mais pressa.

10 de setembro de 2012

Aquela hora em que você perdeu a única coisa que achava que tinha.

Tá doendo muito.

19 de setembro de 2011

Suicide Note, Pt I & II

Covardia e desespero. Desespero e vergonha. Vergonha e ódio. Ódio e lágrimas. As pílulas que matam e levam a dor embora. Vazio eterno. Eu quero um corpo perfeito, eu quero uma alma perfeita. A dor me leva a cometer erros absurdos, tais como sair da escola chorando porque fiquei chateada com algo. Chorar dói. Eu não tenho problemas comuns. Eu não sou comum. Eu queria ser uma cocotinha feliz que desce até o chão todo fim de semana, bebe pra passar vergonha e pega qualquer um que vê pela frente. Bom, eu seria feliz. Isso me desgasta, isso me desgasta. Crio expectativas pra coisas impossíveis. Imaginar que isso pode se realizar só faz a merda toda ficar pior e pior. E eu pioro por dentro e por fora. Desejar coisas impossíveis. Cair num poço sem fundo sem ter nenhuma chance de sair. Tudo que eu desejo... Está muito longe. Foi a esperança que nós temos passado que me encheu de esperança. Sem alarmes e sem surpresas. Nada de novo. Só as decepções de sempre e assim se segue a vida. Feridas que não vão cicatrizar. Eu só quero que perceba. Não quero que ligue. Mas me dê algum sinal. Uma esperança. Por favor. Eu preciso disso pra respirar, eu preciso disso. Preciso disso pra conseguir dormir bem e ter um sorriso estampado no rosto só por um dia. Porque não olha pra mim agora? O que foi que eu fiz? Se eu pudesse ser quem você desejava, talvez tudo fosse melhor. Talvez se eu fosse tudo o que todo mundo quer, todos estariam satisfeitos e ninguém se preocuparia com as minhas birras e minhas lágrimas sem sentido. Seria bom para as duas partes. Eu estaria feliz e faria os outros felizes.
E essas cicatrizes? Cicatrizes de quem não sofre de verdade? De quem não sabe o que é dor, nem dor física? É vergonhoso não ir bem em nada. É vergonhoso tentar e ter pessoas ao seu redor dizendo que tudo isso é falta de surra e falta de luta. cansada. Não aborreça a sua família Vitória, aguente todos te olhando com desdém. Estampe um sorriso na cara e seja tão falsa quanto eles porque é assim que funciona. Estou preparando meu túmulo. Já está bem fundo, aliás. O que passou, passou. Então porque chorar? Eu sei porquê. Choro porque sei que não importa o quanto eu fantasia, o que eu quero nunca vai acontecer. "Ah mas você nem tentou". Já sim, não adianta. Preciso nascer de novo. Irei solucionar o problema, não fazendo nada. Eu só queria ajudar, me sentir útil e fazer as pessoas felizes, de certa forma. Só trago problema à todas elas.
E odeio todas elas. E as amo. Com a mesma intensidade.

ps: usei algumas frases de músicas nesse texto:
Pantera - Suicide Note Pt. I & Pt. II.
Radiohead - Creep, Fake Plastic Trees, No surprises.
The Cure - To Wish Impossible Things.

13 de setembro de 2011

The Speed of Pain

Olá meus 3 (ou menos) leitores desse blog. A tempos não posto nada porque... Porque eu não quis. E porque eu sempre planejava colocar algo aqui, perdia a minha linha de raciocínio e não escrevia nada. Ou deixava nos rascunhos. Ou simplesmente eu tinha uma ideia que julgava estúpida, abria o blog e não colocava nada.
Mas agora é diferente.
Toda idéia que eu julgar estúpida vou colocar aqui do mesmo jeito.nt>
Por que? Porque eu quero. Publico pra todo mundo ler mesmo, então bls.
Começo pedindo desculpas a todos que magoei, não é de propósito. Acreditem, faço isso por acidente.
Pros que não me conhecem: eu não sou possessiva, eu não sou controladora, não sou arrogante. Aliás, tô MUITO longe disso tudo. Sou tímida e estúpida e vazia. Só queria que soubessem disso. E que eu não tenho nada pra oferecer. Nem beleza, inteligência, nada.
Você sabe que alguma coisa tá errada quando começa a fazer merda com o próprio corpo. Não vou falar porque vão me acusar de mimimi crônico. Mas com certeza vão saber do que se trata.
Quando se começa a escrever palavras ou até frases. E todo mundo e vê e pergunta que merda é essa. Aí você começa a escrever em lugares que ninguém pode ver.
Sensação de alívio.
Há quem ache que é falta de surra.
Há que sinta a dor, tanto das palavras, como no corpo.
E quer saber? As palavras e atos são bem mais doloridos. A cicatriz desaparece e a gente esquece que aquilo doeu. Mas quando as lembranças chegam na minha mente, dói. As boas doem mais que as ruins. Fico aflita. Fiz planos, imaginei coisas... Pra nada. Agora tudo que fica na minha cabeça me faz chorar.
Mas ninguém se importa, e nem deve. Tudo que acontece comigo é consequência de alguma coisa que eu fiz/faço. Tenho que aprender a lidar com isso. Aceitar que 90% das coisas que eu falo/faço não são comuns. Não é um problema comum. Não consigo resolver esse problema.
Procuro ajuda. Acho, não resolve.
Não consigo fazer as coisas por mim mesma. Cansei de me esforçar. Agora tanto faz, é só curtir a fossa.
Me desculpem.